Encontrei um site com várias dicas para você gostar de Matemática e organizar seus estudos.
Vale a pena conferir
http://www.comoaprenderestudar.com.br/matematica/como-entender-com-facilidade-a-matematica.html
Este espaço é para você aluno do 6º ao 9º ano que quer melhorar seu desempenho em Matemática. Publicarei dicas, conteúdos e desafios e vou te ajudar nas suas dúvidas. Acompanhe, pergunte, siga as dicas e você vai superar suas dificuldades na Matemática. Foco e determinação.
sábado, 31 de janeiro de 2015
sábado, 17 de janeiro de 2015
EDITAL DE SELEÇÃO DE ALUNOS AO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA PÓSGRADUAÇÃO – PEC/PG - 2015/1
Oportunidade para cursar disciplinas como aluno especial na UFRGS
INSCRIÇÕES: 16 de janeiro a 10 de fevereiro de 2015
mais informações: http://www.ufrgs.br/ppgedu/linhas.html
QUANDO A ESCOLA É DEMOCRÁTICA
TOGNETTA, Luciene Regina Paulino; VINHA, Telma Pileggi. Quando a escola é democrática: um olhar
sobre a prática das regras e assembleias na escola. Campinas, SP: Mercado
de Letras, 2007. – (Coleção Cenas do
Cotidiano Escolar)
1 UM RECORTE DA REALIDADE
ESCOLAR ATUAL
“O respeito à autonomia a á
dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não
conceder aos outros.” Paulo Freire
AMBIENTE AUTOCRÁTICO: o aluno deve:
-ficar sentado o
tempo todo;
-estar sempre
atento;
-não fazer outra
coisa que não aquilo que o professor mandar;
-ir ao banheiro ou
beber água em horários fixados;
- ficar calado.
AMBIENTE INDIVIDUALISTA:
-cada um faz a sua
atividade;
-não ajudar o
colega na lição
-cada aluno tem o
seu material;
-não pode
conversar.
“profissionais das regras” ou “sargentos instrutores” sempre estão atentos
às menores transgressões:
-aluno retorna do
recreio após o docente;
-acabar de comer o
lanche ao término do intervalo;
-chupar bala na
classe;
-nuca apoiada no
encosto da cadeira;
-se o aluno tira
os sapatos;
-se quer ir ao
banheiro pouco antes do recreio;
-se está fazendo
outra coisa na sua aula que não seja os exercícios da sua disciplina.
RELAÇÃO EDUCATIVA REQUER:
-leveza;
-clima
bem-humorado e amistoso
Pesquisa de 2003: 47% dos professores dedicam entre
21% e 40% do dia escolar aos problemas de indisciplina e de conflitos entre
alunos. Isso causa estresse, tensão e angústia.
O QUE ESTAMOS PRIORIZANDO?
-advertir
por usar boné? E quanto as agressões verbais?
-punir
alguém da mesma forma alguém que agride ou furta como alguém que esconde o
tênis do colega ou não faz a atividade.
INDISCIPLINA OU DESOBEDIÊNCIA - autoridade do professor (eu – eles)
DESRESPEITO OU AGRESSÃO – entre eles (eles – eles)
Em quais situações intervimos de forma mais firme?
Em qual das situações podemos trabalhar valores e regras?
EX:
aluno com pirulito ao término do recreio; chamar a colega de piranha; ir ao
banheiro logo após o recreio.
Qual o ideal de aluno que queremos? Padronizado? Que
aprenda do mesmo jeito e no mesmo ritmo? Que estejam todos atentos? Que tenham o
mesmo jeito de falar, de mover-se?
O QUE É INDISCIPLINA?
-risadas,
brincadeiras, questionamentos “fora de hora”, movimentação, desatenção?
“o aluno considerado indisciplinado, não
necessariamente é imoral. Pelo contrário, imoral pode ser o professor,
supervisor ou diretor, que impõe regras em benefício próprio, e espera que os
outros obedeçam.” (ARAÚJO, 1996, p. 110) . p. 27
O QUE É MORAL?
“toda moral pede
disciplina, mas toda disciplina não é moral. O que há de moral em permanecer em
silêncio horas a fio, ou em fazer fila? Nada, evidentemente.” (La Taille, 1996,
p. 20). P. 27
Educação autoritária tende a gerar indivíduos submissos, conformistas e
obedientes.
Para Piaget “é necessário vivenciar relações de respeito mútuo e
cooperação, que oferecem condições favoráveis ao desenvolvimento da autonomia e
dos sentimentos morais necessários para ver a si e ao outro como sujeitos de direito.”
P. 29
2-CONSIDERAÇÕES SOBRE OS
PRINCÍPIOS E AS REGRAS NÃO-NEGOCIÁVEIS
“Autonomia é um poder que não se
conquista senão de dentro e que não se exerce sendo no seio da cooperação.”
J. Piaget
MORALIDADE – implica regras
REGRAS – “são formulações verbais precisas, que nos dizem com clareza o
que devemos ou não fazer.” (La Taille, 2006) p. 33 – se referem como agir.
Como é impossível
regras para todas as situações, por isso devemos entender o que está por trás
das regras , que são os princípios.
Devem ser
estabelecidas através do diálogo com todos, estabelecendo compromissos, mostrando
as vantagens e desvantagens;
Para uma boa
regra, são necessários bons argumentos.
PRINCÍPIOS – “são o espírito das regras, correspondem ás matrizes das
quais se derivam as últimas.” p. 33. Se refere em nome do que agir.
São
princípios: justiça, respeito, igualdade, dignidade.
“uma pessoa que age moralmente é aquela que possui valores e princípios
que levam em conta o outro e que compreende as regras como a tradução desses
valores e desses princípios.” P. 35
La Taille (2002, p. 47): “educar moralmente é levar a criança a
compreender que a moral exige de cada um o melhor de si, porque conhecer e
interpretar princípios não é coisa simples: pede esforço, pede perseverança.” P. 35
“quanto mais regras, menos as pessoas as cumprem.” P. 35
Para construir as regras é preciso, em primeiro lugar, refletir quais
os princípios norteadores para essas regras. Caso isso não aconteça uma regra
poderá não ter validade.
EX:
REGRA
|
PRINCÍPIO
|
Uso do uniforme
|
segurança, identificação – BOM
|
não falar ao comer
|
porque pode dar dor de barriga– NÃO ATENDE
|
Não uso do boné
|
Porque aumenta a umidade do couro cabeludo – é regra da escola - NÃO ATENDE
|
Mascar chiclete
|
Contribui para gastrite, cáries e dor de cabeça - NÃO ATENDE
|
Não podem se servir sozinhas
|
|
Proibido ir ao banheiro durante a aula ou beber água
|
Porque alguém foi e demorou a voltar – então todos devem fazer parte
da punição?
|
É preciso refletir
se muitas das nossas regras não acabam por “matar a criança”. P. 38
CONFLITOS?
- sempre estarão
presentes ;
-fazem parte das
relações humanas;
-parte importante
do currículo;
-“oportunidade
para auxiliar as crianças a reconhecer os pontos de vista dos outros e as
aprender, aos poucos, como buscar soluções aceitáveis para todas as partes
envolvidas.” P. 40
-“são grandes
oportunidades para que as crianças possas dizer o que sentem, e, retirado o peso
da autoridade (quando podem, entre pares, resolver seus problemas), possam
comover-se com a dor do outro.” P. 42
EX: a)“Será que conseguiremos usar boné ou mascar chiclete sem causar
transtornos ou incomodar as pessoas?” p. 41
b)problema das apostas de cartinhas
– o professor deve amparar as crianças, refletir sobre o significado da aposta,
quem ganha? Quem perde? O que sente? É bom?
Se eu não concordo com uma regra, devo apresentar propostas de soluções
ou alternativas viáveis.
“QUEIXA-LAMENTO”
-Transferência de
responsabilidade;
-a pessoa que faz
a queixa espera uma solução ao invés de tentar entender o problema;
-maneira de
denunciar seu mal-estar;
-fortalece e
amplia a situação que originou o lamento;
-garantia de que a
situação não mudará.
REGRAS INDISCUTÍVEIS: (aqui entram os princípios éticos)
-Não pode bater
nos outros;
-ser justo;
O QUE DEVEMOS DISCUTIR?
-O que é justiça?
-o que significa
tratar os outros com respeito?
-razões,
princípios que estão implícitos em determinadas regras?
“Nem sempre se esclarece quais são os limites ou se há diferença entre
os tipos de regras; tampouco ‘o porquê’ das regras é analisado pelo docente.”
P. 55
Precisamos estudar qual é o papel das regras.
Regras surgem de uma necessidade. Por que, então, regras na primeira
semana de aula?
“regras são acordos elaborados pelos integrantes do grupo para resolver
situações que surgem e balizar as relações. Esses acordos não são rígidos, estáticos
ou preestabelecidos, nem privilegiam alguns em detrimento de outros.” P. 56
REGRAS – são coletivas e exigem regularidade.
3 AS REGRAS CONTRATUAIS: AS
ASSEMBLEIAS
“Uma grande parte dos alunos de
nossas escolas não experimenta o sentimento de pertencimento ao grupo de que
participa. A assembleia é, ao menos, uma oportunidade de se sentir ‘pertencendo’”.
P. 59
Assembleias - “possibilidade de
evolução moral dos sujeitos que delas participam.” P. 60
Puig (2000, p. 86) “o momento institucional da palavra e do diálogo.
Momento em que o coletivo se reúne para refletir, tomar consciência de si mesmo
e transformar o que seus membros consideram oportuno, de forma a melhorar os
trabalhos de convivência.” P. 61
Assembleia – reuniões de diálogos, informativas, análise
do que se passou, analisar causas de fatos ocorridos, motivos que dificultam as
atividades escolares.
-momento para se
decidir o que se quer fazer, o que desejam para a vida na sala de aula.
-espaço para
conhecer melhor os alunos e vice-versa, em que as regra são formuladas e
reformuladas, em que se discutem conflitos e negociam-se soluções.
-momento de
avaliação, de expressão de sentimentos e de negociação das ações.
-espaço para
parabenizar conquistas, valorização, reconhecimento e de discussão de projetos
futuros.
-espaço para
discutir princípios, atitudes para a construção de regras e resolução de
problemas.
-são consideradas
legislativas e não judiciárias;
-
TIPOS DE ASSEMBLEIAS
1-Assembleia de classe – somente
a turma
Objetivo: regular e regulamentar a convivência e as relações
interpessoais, resolver conflitos
Periodicidade – semanal (1 hora) ou quinzenal (90 a 120 min)
Conduzidas – pelo regente e alunos representantes.
2-Assembleias de nível ou segmento – turmas de um mesmo nível
Objetivo – regular e regulamentar a convivência e as relações
interpessoais, resolver conflitos, uso dos espaços e projetos comuns;
Periodicidade: mensal
Participam: professores e dois representantes de cada classe, o
coordenador, o orientador e o representante dos funcionários.
3-Assembleia de escola –
Objetivo: regular e regulamentar a convivência e as relações
interpessoais e a convivência no âmbito dos espaços coletivos;
Periodicidade: mensal;
Participam: integrantes da direção, representantes da comunidade
escolar.
4-Assembeias docentes –
Objetivo: regular e regulamentar o convívio entre os docentes, a
direção, com o PPP, os conteúdos da vida funcional e administrativa da escola;
Periodicidade: mensal
Participam: docentes, direção, representantes da CRE
ASSEMBLEIA
DE CLASSE
A IMPLEMEMENTAÇÃO – pode
variar de acordo com a classe ou idade.
1º) Introduzir o tema (sugestão para os pequenos “ A assembleia dos
ratinhos” - maiores poderiam perguntar
para os pais o que é assembleia e se já participaram de alguma); o que é
assembleia, sua importância; o que se faz; como se organiza.
Questões que podem necessitar de uma assembleia:
a) Há conflitos
entre nós?
b) quem terá que
resolvê-los?
c) como podemos
fazer isso?
d) podemos fazer
no meio das aulas ou precisamos de um momento determinado?
e) Temos esse
tempo?
f) há progresso
nas relações? Quando tratamos deles?
Neste primeiro momento trabalhar também a questão da pauta de uma
assembleia.
2º) O professor auxilia na organização da assembleia;
-horário;
-discussões;
-ordem;
3º) Temas a serem abordados nas
assembleias:
-temas de organização da sala ou das atividades;
-temas relacionados ao convívio escolar (limpeza da
sala, do pátio, ruídos, organização do espaço, alimentos oferecidos no bar,
livros da biblioteca, atividades durante
o recreio, etc.)
-relações
interpessoais (assédio, brigas, bullying, etc.)
- Com maiores –
conteúdo trabalhado, sobrecarga de tarefas, dificuldades com determinada aula,
como auxiliar os colegas com dificuldades, formas de avaliação);
-o que é certo e
justo;
-medidas
disciplinares da instituição;
-prováveis
incoerências entre o dizer e o fazer;
-obrigações dos
professores com relação aos seus alunos;
-responsabilidade
dos alunos entre si.
-temas
informativos;
4º)Não podem ser temas das assembleias
-temas inegociáveis: dever ou não estudar; horário
das aulas; duração do recreio;
-problemas muito particulares;
IMPORTANTE: bom senso do professor em discutir sobre que conflitos
levar pra assembleia, estabelecer combinados, se tornarem repetitivos discutir
sobre os tipos de conflitos, as vantagens e desvantagens de encaminhar esses
conflitos para esse espaço. Pequenos conflitos são importantes serem resolvidos
individualmente.
Esse trabalho exige “tempo, paciência, coerência e intervenções
construtivas.” P. 71
A ORGANIZAÇÃO DA PAUTA -
Qualquer pessoa
(aluno, professor, funcionário, direção) pode sugerir um assunto;
-Afixar cartaz bem visível com as sugestões;
Sugestão
de cartaz para a pauta
QUE PENA QUE / não gostei / quero falar
sobre
|
QUE BOM
QUE / gostei
|
SOLICITAMOS
|
FIZEMOS
|
-brigas no futebol;
-por que não deixam crianças menores jogar?
-algumas pessoas só conversam com quem é amigo;
-o problema do namoro;
-as pichações no banheiro;
-a organização da festa de ;
-eu não tenho nenhum amigo;
-as atividades da semana cultural;
-o campeonato;
-as atividades extraclasse;
-eu critico quem atrapalha na aula de ...;
-eu critico que meche no meu cabelo;
-colegas pegam material e não devolvem;
|
-eu felicito a professora porque ela
deixou a gente inventar coisas;
-felicito um menino porque foi legal
comigo;
-felicito nossa turma porque estamos
conseguindo conversar mais baixo;
-felicito uma menina que brinca
comigo e é legal;
-eu felicito um colega porque me
ajuda nas atividades que não sei
-agradeço pelas atitudes de respeito;
|
-CUIDADOS: a pauta deve estar pronta no momento da reunião; não se pode
expor nomes; as colocações devem ser
impessoais; os temas somente devem ser tratados no dia da assembleia ( não se
faz comentário durante a semana pois isso inibe o aluno); o professor deve ter
sempre algo para discutir; se um assunto for um professor que não é que conduz
a assembleia, o mesmo deve ficar ciente do acontecido e dos compromissos
assumidos; não se pode acusar pessoas e
sim discutir as ações;
– é papel do professor intervir, explicar, apresentar procedimentos que
agilizem o diálogo (evitar discursos longos e sermões)
ORGANIZAÇÃO DA ATA –
Pode ser numa pasta ou livro-ata (caderno)
Itens – data, local, temas da pauta e as regras e decisões tomadas; os
encaminhamentos sugeridos para o enfrentamento dos conflitos; final equipe que
coordenou e a assinatura de todos.
IMPORTANTE: descrever sentimentos expressos, falas significativas,
atitudes,
OS ALUNOS – COORDENADORES –
Professor e 2 alunos – ou – 3
alunos (primeiro coordena, o segundo é o redator e o terceiro anota no quadro o
nome dos que querem a palavra). O professor deve sempre colaborar
Para os pequenos é condição que o professor seja o relator.
Os representantes são rotativos. Pode ser quinzenal ou mensal. Pode um
ficar e outro sair.
A DISPOSIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
– círculo ou semicírculo
CONDUÇÃO E DESENVOLVIMENTO -
1º) coordenador apresenta a pauta a partir dos temas do cartaz;
2º) consultar o grupo de todos os temas do cartaz foram contemplados e
se concordam;
3º) coordenador apresenta o primeiro tema e colocar o objetivo do
mesmo, em seguida pergunta se a pessoa que escreveu o tema quer se manifestar (
não é obrigado), em seguida abre-se para os demais falarem;
- Numa situação apresentada discutir: porque isso acontece? Como? O que
fazer em relação a essa situação? Como me sinto? Como vamos resolver?
4º)votação do procedimento; (a favor, contra, ou abstenções);
5º) registrar os acordos, compromissos
com precisão e quem vai acompanhar ;
(se preciso retomar as atas anteriores para relembrar acordos e ver se
todos estão cumprindo)
PARA O PROFESSOR: organizar as
manifestações; auxiliar os alunos a falarem em termos gerais; controlar o tempo, nas primeiras reuniões
pode não dar tempo e a pauta deve continuar na próxima reunião – estimular mas
não impor a participação de todos – incentivar e apoiar diferentes falas - dirigir as intervenções para não fugirem do
tema – garantir que as ideias e posições foram esclarecidas e resumir o assunto
antes de mudar de questão – incentivar propostas de temas.
- É
PRECISO: empatia, tolerância, paciência, respeito, honestidade,
responsabilidade.
PODEM SER FEITOS CARTAZES, COM TIRAR, COM AS REGRAS – assim fica fácil
ir retomando e avaliando e no momento que todos cumprem pode ser tirada da
parede.
ENCERRAMENTO DA ASSEMBLÉIA –
- Reservar 10 minutos para
felicitações, resgate do que foi progredido, quem vai fazer cartazes, fazer uma
síntese.
Ex. de cartaz
TEMA
|
ACORDO
|
ENCAMINHAMENTO
|
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E CONSTRUÇÃO DE
REGRAS NAS ASSEMBLÉIAS
-Discussão deve centrar-se nas causas e consequências;
-regra irá apontar a conduta da classe contrária a tal ação;
-tem que beneficiar a todos;
-objetivo é contribuir para o ambiente de trabalho, justiça e
responsabilidade;
-regras são necessidades e não imposições;
-regras precisam ser bem claras
- “comportar-se na hora do recreio” , “usar palavras boas com os
outros”, “respeitar as pessoas”. ????? (é importante refletir sobre os
princípios)
“nas situações de conflito, é importante buscar diferentes soluções não
–punitivas, não-violentas, que atuem sobre as causas, que respeitem princípios,
de forma que os integrantes possam ir percebendo que o grupo desaprova
determinados comportamentos e ações.” P. 93
EXEMPLO DO ESQUECIMENTO DOS LIVROS
- alunos esqueciam
dos livros para devolver na biblioteca;
- intervenção da
professora – colocou o problema para a turma e pediu soluções. No primeiro
momento as crianças começaram a propor castigos.
-a prof. Então refletiu o porque do esquecimento então
pediu como se ajudariam pra que isso não acontecesse mais ( os alunos sugeriram
escrever na agenda um dia antes e chegando em casa olocar o livro ao lado da
mochila)
-mesmo assim ainda
alguns esqueciam. A prof. Novamente fez intervenção e os alunos sugeriram
amarrar uma fita vermelha na mochila no final da aula para lembrar do livro
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
“um acordo significa o compromisso de todos os integrantes de cumpri-lo
assim como o de contribuir para auxiliar aqueles que ainda apresentam
dificuldade em fazê-lo.” P. 94
As relações interpessoais devem ser trabalhadas por todos os
professores e não ficar a cargo de um só professor.
- É preciso momentos em que os outros docentes saibam dos combinados e
ajudem na implementação das resoluções e dos acordos firmados.
“Se as normas são mudadas espontaneamente conforme as coisas acontecem
ou de acordo com cada professor, elas perdem a credibilidade.” P. 95
-Uma assembleia não pode ser momento de “acusação”, “hora da delação”,
“fofoca”. “A descoberta do direito de ter segredos, de revelar ou não
pensamentos e ações é fundamental para um desenvolvimento equilibrado.” P. 99
- Assembleias não são “mágicas”, “são possibilidades de resolução de
conflitos e uma oportunidade para que crianças e adolescentes se sintam
pertencentes a grupo e responsáveis por este.” P. 100
-Assembleias, além de possibilitarem soluções para o tema em debate,
transmitem ““valores como a participação, a cooperação, o diálogo e a
autonomia””. P. 101
-É preciso ter muito cuidado com problemas individuais e que não são resolvíveis em assembleias :
“eu não tenho amigos”, “algumas pessoas ficam me zoando”, “nunca me chamam pra
jogar”, “meus amigos ficam me dando ordens”. O que pode ser feito é, em outros
momentos, elaborar atividades que envolvam a expressão de sentimentos, de
auto-reflexão, etc. – trabalho para o SOE
-Cuidar para não avaliar, expor, julgar, diminuir e acusar colegas.
-O professor deve cuidar para não induzir. O professor precisa estar
atento as próprias reações no momento da assembleia.
“Para haver a mudança de fato no comportamento de uma pessoa é
necessária, primeiramente, a tomada de consciência do erro, e esta, embora não
possa ser imposta exteriormente, pode ocorrer, algumas vezes, por meio da
constatação das consequências dos atos e também da reflexão e da análise das
perspectivas e dos sentimentos envolvidos. Nem sempre o emprego de uma sanção é
necessário.” P. 108
-não podem ser espaços para legitimar necessidades dos professores, de
desconsolo do professor. “assembleia deve ser uma caixa de ressonância das
angústias do grupo, ‘dos seus interesses, das suas paixões e das suas vontades;
enfim da vida’”. (PUIG, 2000, p. 131) -
p. 113, 114
MODELO DE ATA
ASSEMBLEIA Nº _____ DATA __/___/_________
Início: ___________ Final:
____________
Pauta:
Não gostei / críticas:
Gostei/ felicitações:
Discussão:
Sugestões:
“a autocracia é imposta ao indivíduo, mas que a democracia não se
impõe, visto que ele precisa aprendê-la.” P. 119
4 – OUTRO RECORTE DA REALIDADE
ATUAL: QUANDO O AMBIENTE É DEMOCRÁTICO
“Ao rever e rediscutir as regras sempre que for preciso, ao
modifica-las ou construir outras quando necessário, o professor está auxiliando
o aluno a compreender que uma norma não é boa ou ruim por si mesma, e que sua
validade não depende da autoridade de quem a impõem, mas sim da função que
exerce para as pessoas que fazem uso dela.” P. 126
PROBLEMAS – são parte do processo educativo
METAS DO TRABALHO EDUCATIVO – responsabilidade, liberdade, saber
expressar sentimentos, cooperação, diálogo.
TRÊS TIPO DE EDUCAÇÃO MORAL
A)
EDUCAÇÃO AUTORITÁRIA: o adulto impõe as regras.
Em caso de desobediência aplicam-se sanções e castigos. Essa educação gera
indivíduos submissos, conformistas, obedientes.
B) EDUCAÇÃO
POR AMEAÇA DE RETIRADA DE AMOR: o adulto ao ser contrariado demonstram
tristeza. Essa educação gera sentimentos de culpa, de não participação, de
falta de ideia, tímidos e melancólicos
C)
EDUCAÇÃO ELUCIDATIVA: ao dar uma ordem, a
necessidade daquele limite é esclarecida. Nessa educação, o erro faz parte do
processo. Através do erro a criança aprende a refletir, orientar seus
pensamentos, observar, se prevenir.
“o importante não
é a mera obediência ás normas por regulação exterior. O essencial é o processo
utilizado para obtermos a cooperação da criança ou do jovem.” P. 129 O foco dos
professores deve ser os “procedimentos”.
“cada vez que damos liberdade, damos também responsabilidade. O valor
pedagógico da primeira deve ser avaliado em função da importância da segunda,
pois dar liberdade sem dar responsabilidade é, na verdade, não dar liberdade”.
(La Taille, 1998, p.71). p. 130
Sanções de reciprocidade – “ motivar a criança e o adolescente a
construir por si regras de conduta através da coordenação de pontos de vista. “
p. 131
“uma pessoa disciplinada não é aquela que é treinada para obedecer, mas
sim aquela que compreende as razões de se comportar de um modo ou de outro.” P.
131
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Querer formar pessoas moral e
intelectualmente autônomas, ou seja, ter a autonomia com o objetivo da
educação, implica, necessariamente, a reformulação da atuação pedagógica do
educador.” P. 133
Ao invés do professor utilizar o poder da autoridade, o uso de
recompensas e de punições, “faz-se necessário que propiciem que a apropriação
das normas se dê por meio da reflexão, da discussão e da ação, permitindo à
criança perceber as consequências naturais decorrentes de suas atitudes
(reciprocidade)”. P. 134
A tarefa dos educadores democráticos – explicitar os princípios éticos
de forma clara;
-incentivar
a reflexão e análise crítica de valores, atitudes e tomadas de decisão;
-proporcionar
ao aluno sentir-se parte da comunidade;
-não
fazer uso de recompensas;
-não
julgar valorativamente os alunos;
-reconhecer
os sentimentos e o quanto eles são importantes
“A apropriação desses princípios éticos e sua implementação na escola
são tarefas nossas, educadores, comprometidos em favorecer o desenvolvimento
moral de nossas crianças e de nossos adolescentes.” P. 135
“não se trata de um processo de ensinar virtudes do ponto de vista
pedagógico, mas de um constante favorecimento de que elas possa ser exercitadas
e tornarem-se parte das condutas humanas.” P. 136
OBJETIVOS PEDAGÓGICOS:
1-Estrutura da
razão: tomar consciência das ações -
espaços para discussão de situações problemas e dilemas morais;
2-Ação do sujeito:
incentivar o aluno fazer o que é capaz;
3-Exercício das
escolhas: das oportunidade do aluno tomar decisões e responsabilizando-se por
elas;
4-Trocas entre
iguais: respeito mútuo. Minimizar autoritarismo a fim de que as relações de
punição e pressões se transformem em confiança;
5-Alternativa aos
limites pela cooperação: contratos legislados por todos do grupo diante da
necessidade de regras de convivência.
6-Educação do
sentimento: falar de si, reconhecer seus sentimentos, manifestar-se.
Assinar:
Postagens (Atom)