E dando continuidade as leituras,
no dia 30 de dezembro de 2013, segunda-feira, continuei minhas leituras sobre a gestão
escolar para encontrar mais base teórica
e argumentos nas minhas escritas.
Hoje, trago, algumas citações que
considerei importantes ao ler texto de josé Querino Ribeiro: Planificação educacional (planejamento
escolar)
II - Teoria do Planejamento
“o
planejamento é, pois, uma das partes de um todo: o da Administração.” (p.87)
“O
planejamento, no trato lógico do processo administrativo é, [...] a primeira
das suas atividades específicas. Começa ele com a ideia , a proposição, a
sugestão, a intenção inicial de realizar alguma coisa.” (p.87)
O autor considera que se ideia,
pode estimular o interesse, a vontade e se ela não for inutilizada vai levar a
novas considerações, análises que darão
origem a novas ideias “sistematizadas
e articuladas até transformar-se num corpo amplo, coerente, completo, de
conclusões suscetíveis de concretização prática.” (p.87) Ou seja num projeto.
“O projeto
é a etapa final do planejamento. Consiste na definição clara e precisa dos
objetivos e da consequente caracterização do empreendimento; na elaboração
teórica das estruturas, das funções, das relações, das necessidades humanas,
materiais e técnicas da realização que se tem em vista; permite a programação
geral das providências para, digamos, a montagem efetiva do empreendimento.”
(p.88)
A etapa
final do planejamento é de “organização, isto é, a da tomada das providências
concretas (convocação de pessoal, aquisição de equipamentos, distribuição
espacial dos órgãos, etc.)” (p.88)
“as
atividades de planejamento constituem uma constante, pois, à medida que um
plano se vai executando, além das ocorrências naturais que o obrigam a
reajustes, novas ideias surgem e são estudadas, para aperfeiçoar, ampliar ou
multiplicar trabalhos novos ou já em desenvolvimento. Assim, o
planejamento
é sempre vivo, não comporta decisões irrevogáveis.” (p.88)
III
- Planejamento escolar
O autor
afirma que será por meio do planejamento escolar “que se vão prevenir nessa
estruturação de base todos os percalços previsíveis quanto ao funcionamento e aos resultados de
cada unidade ou sistema.” (p.90)
“o planejamento
escolar se resolve através da teoria geral do planejamento, pela
qual, depois de examinadas as diferentes e múltiplas facetas da empresa e suas
relações entre si, chega-se à formulação de anteprojetos e à decisão de um
projeto definitivo.” (p.90)
“o
planejamento escolar apresenta-se como uma das atividades específicas da
Administração Escolar destinada a, partindo de uma idéia, examinar as condições
de sua viabilidade e a determinação de preceitos que deverão servir de base e
modelo para sua concretização.” (p.90)
“Uma
descrição dos órgãos necessários, e de suas bases técnicas adequadas, com as
qualificações, atribuições e responsabilidades do pessoal, uma previsão dos
custos, prazos e programas de instalação e manutenção, tudo esclarecido e
controlado, sempre que possível, através de números, organogramas e
fluxogramas, fazem parte das etapas e operações do planejamento.” (p.90)
IV –
Introdução ao planejamento escolar brasileiro
“Um planejamento escolar nacional, em
quaisquer circunstâncias, será obra de imensas dificuldades. Quando se tratar,
então, de um país de grande extensão territorial, de população rarefeita,
composta de grupos altamente diferenciados, desnivelados e de condições
históricas e sociais como o Brasil, o empreendimento será necessariamente
ciclópico.” (p.91)
A “falta
de uma filosofia e de uma política de educação claramente definidas e
expressas, não poderá haver nem base nem direção para qualquer planejamento
escolar. Em conseqüência, somos forçados a admitir que, por mais anos ainda,
continuaremos na linha da legislação vigente: tumultuada, instável, sem
organicidade.”
(p.91)
“a luta
principal que, no momento, se oferece aos líderes educacionais será a de
atingir uma proposição que, pela sua simplicidade, possa polarizar um número
suficiente de adesões entre aqueles que têm o poder de decisão e os meios de ação
e com isso alcançar a formulação de uma proposta mínima, capaz de servir de
ponto de partida.” (p.91-92)
RIBEIRO, J. Q.. Planificação educacional (planejamento
escolar). R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 86, n. 212, p. 85-93, jan./abr.
2005.
José
Querino ( 27 de fevereiro de 1907 - São Paulo, 1º de fevereiro de 1990) foi diplomado
professor normalista no ano de 1924 pela
Escola Normal de Pirassununga, posteriormente matriculando-se no curso de
Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da USP, obtendo, em
1940, o bacharelado e a licenciatura. Após sedimentar-se na carreira, por
solicitação do governo do Estado, criou a FFCL na cidade de Marília e no período 1957-58 foi diretor dessa faculdade.
Entre os anos de 1967 e 1969 foi
diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais, do MEC/INEP e de 1970 à
1976 foi diretor da Faculdade de Educação, da USP.
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