quarta-feira, 13 de março de 2013

UM DESABAFO!!


Quero dividir com vocês, hoje, leitores algumas angústias, indignações, revoltas que sempre senti, mas estavam bloqueadas, fechadas e que de uns meses para cá resolvi libertá-las pois aprendi que também tenho capacidade, que tenho direitos, que não admito injustiças e que não é que porque todo mundo faz ou aceita, que eu também tenho que fazer ou aceitar.
Não, eu não posso aceitar que algumas pessoas que se dizem educadores e educadoras não têm, em suas práticas, atitudes democráticas. E, que em seu discurso falam uma coisa e a sua prática é outra. E ai querem ser respeitados e respeitadas.  
Sou quem sou independente da posição ou do cargo que assumo. Será que se todos pensassem dessa forma, teríamos tantas injustiças, tanto egoísmo, tanta coisa errada sendo feita?
Com certeza não estou aqui para julgar alguém ou achar que eu sou perfeita e o que penso é que é o certo. Pelo contrário, reconheço meus erros e fraquezas e sei das minhas limitações. Mas uma coisa da qual tenho certeza é que não concordo com injustiças e que se as pessoas, ao invés de quererem beneficiar-se a si próprias, fizessem o bem e buscassem comprometer-se com todos, independente de raça, cor, partido político, a nossa sociedade seria bem melhor.
Na verdade, o que se quer é pessoas caladas, que aceitem as coisas como são e pensem “é assim mesmo e sempre vai ser”. Não, não posso aceitar isso. Tenho visto pessoas que querem participar, dialogar, mas são podadas, perseguidas, tachadas de briguentas, intrusas. Quanta ignorância.
Tenho visto, também, pessoas que acham que são insubstituíveis. Cuidado! Será que não está na hora de mudar? Será que outras pessoas não podem aprender a fazer até melhor?
E para não me alongar vou conta a FÁBULA DA COLETIVIDADE que o Autor Mário Cortella escreveu em seu livro “Qual a tua obra?”. O autor conta a história onde havia uma chácara; a mulher colocou uma ratoeira no celeiro para pegar o rato que estava comendo o milho. O rato foi pedir ajuda para a vaca, o porco e a galinha, mas todos disseram que não era problema seu, que eles não seria atingidos. Na mesma noite a ratoeira prendeu uma cascavel e a mulher ao tirá-la foi picada. Quase morreu. Ao voltar do hospital precisou de uma canja e lá se foi a galinha, fez uma feijoada para quem a tinha ajudado e lá se foi o porco, precisou de dinheiro e teve que vender a vaca.
         “Cuidado: a ratoeira que aparece ali num canto pode não te pegar num primeiro momento, mas os efeitos dela são fortíssimo. A nossa ignorância é tamanha que nos consideramos proprietários do planeta, assim como alguns se consideram proprietários daquela diretoria, daquela área. Nós não somos proprietários, somos usuários compartilhantes.”  (CORTELLA, p. 122)
“A vida não nos pertence, somos parte dessa vida. Por isso, é preciso discutir, ensinar, refletir e aprender também. Nós podemos, queremos e devemos. É nosso dever ético que façamos isso.” (CORTELLA, p. 124)
Onde está a ética, a humildade, o valor humano, a delicadeza, o amor, a igualdade, a verdade, a justiça, a paz, ...

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